A presença de abelhas africanas e/ou européias (Apis mellifera) são as mais constantes, ocorrendo em ocos de árvores, troncos velhos e buracos junto ao solo, sobretudo em áreas florestais nativas e talhões de eucaliptos a serem suprimidos. Para esta espécie o primeiro passo é encontrar os favos e a rainha da colmeia, capturá-la, e inseri-la, juntamente com as demais abelhas e favos dentro de uma caixa específica. Após o resgate os enxames, uma vez que são espécies exóticas, são doados para os apiários da região.

Outros grupos de himenópteros que requerem atenção durante os serviços de resgate de fauna são as chamadas “abelhas sem ferrão”, grupo composto por diversas espécies nativas, entre vespas e meliponídeos, algumas produtoras de mel com valor medicinal ou com sabor muito singular, cada vez mais valorizado. É o caso da espécie de vespa camoatim, a “camoatim de mel campeiro” do Canto Alegretense. Essas espécies, pelo interesse especial em sua conservação, são sempre relocadas para áreas silvestres em nossos trabalhos, para que possam se manter em seu hábitat natural e garantir sua perpetuação na natureza.

Um exemplo de nosso trabalho são as frentes de obra da Linha de Transmissão Santana 1 e 2, empreendimento localizado no Pampa Gaúcho, onde a equipe da ABG realiza o procedimento de resgate, com remoção e realocação dessas espécies himenópteras. Essas espécies são importantíssimas para diversos ecossistemas naturais, pois são polinizadores de diferentes plantas, e em muitos casos, para diferentes culturas e plantações de alimentos em todo o mundo.

1 de junho de 2021